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Mostrando postagens de janeiro, 2011

king missile

King missile that´s how you make me feel sometimes king missile a kingly missile catapulted right into oblivion. It lands on the land where emaciated faces never exchange glances they desfigure themselves, shape-shifting, face-changin´! some of our guilt carry on on those faces. king missile it streaks the sky in pale roars yet deafeningly misses, striking collaterals of varied damages. it defies the laws of trajectory and ballistics, defies time and illusion, it caresses tall buildings and immigrant hopes before landing among those emaciated faces with momentous thunder, that´s how you make me feel sometimes, not with a whimper, but a bang. king missile, a magnificent projectile with no sense of purpose. explosive charges await asunder, careless fingers following presumptuous orders.

NIGHT FINDS US

it's no use. we might spend the rest of our lives in this bed, rain rattling outside, leaden sky. we might hide ourselves, utter a new country, draw endless maps, so distorted eventual pursuers will lose our scent. we may give up on telephones and family members, a life detached. That might be good. That would be new, and I like new things. but night will find us. we may climb this hill and run away from prying eyes, play dead till the wolves pass. we may fill the corners of this house with our essence, but we both know night will find us in the end. we may travel to an ancient city erected with memories, and build a temple there, a sanctuary. That would be nice. That might help. but night will find us, and you know what that means. we cannot escape it in geography nor time, your marbled body beside mine knows it, the columns of the Acropolis know it. Night will find us and corrupt everything we have ever built or craved. and after the world turns again, all will be changed.

Leila

(obs: contém palavras impróprias para menores. E ainda bem.) Na fila do banco, ainda tento mais três vezes o número de Leila. Amor, atende o telefone. Por favor. Atende. Atende o celular. Me ouve. É sexta-feira. Estou cheio de coisa pra fazer. Pequenas tarefas como pagar as contas no banco, comprar o que falta da feira da semana, pegar o ferro de passar de Mami na assistência técnica. Normalmente, eu faria estas e outras coisas no sábado de manhã pra não atrapalhar o trabalho. Mas resolvi esse problema: fui demitido na semana passada. Mário-sou-chefe-mas-sou-amigo disse que eu nunca conseguia chegar no trabalho antes das nove, e era importante que eu chegasse antes das nove. Porra Mário, ninguém entra na loja antes das nove e meia. É importante que os clientes vejam o vendedor lá, fresquinho, e não com cara de quem acordou sem tomar banho e correu pro trabalho. Você está dizendo que eu faço isso. Não estou dizendo nada, só estou pedindo que você chegue mais cedo. Não posso, moro

quero construir

Quero construir uma máquina do tempo e voltar vinte anos, encontrar a mim mesmo, dar um tapa na minha cara, quer dizer, na dele, e gritar: "Não faça isso, seu puto!" "Não faça as mesmas escolhas que fiz!" "Pense mais! Faça menos merda!" "Fale menos merda! Leia mais!" "Beba menos! Seja menos vagabundo!" "Coma menos! Fume menos!" Estude e trabalhe desde cedo, para que não tenha que inventar uma máquina do tempo, voltar e te dar um tapa no rosto que também é meu. Vai a sandice. Volta o juízo, e a certeza que, sozinho, eu poderia fazer tudo de novo.

áfrica

Encontro um objeto quase esquecido no fundo da mochila. É um chaveiro de madeira, esculpido no formato do continente africano. Apesar de ter sido comprado em Cotonou, é presente de amigo que mora em Dacar. Surpreso de encontrá-lo ali, examino o chaveiro atentamente. Sua madeira escura e lisa não tem maiores detalhes, nenhuma falha. O contorno traçado a faca é, no entanto, muito interessante. Não se trata de uma reprodução perfeita do contorno da África. A forma é delgada em demasia, de modo que o Magrebe está muito espremido e o Sudão, muito alongado. A Eritréia foi esticada até o limite do impossível, sua costa reduzida a duas curvas de razoável tamanho. O Chifre parece um nariz, correndo em linha reta de volta ao continente ao invés de curvar-se para baixo, tal gancho. O Quênia, a Tanzânia e Moçambique se transformaram em três protuberâncias de cima abaixo, de tamanho decrescente em escada. Naturalmente, por se constituir de uma peça inteiriça, estão ausentes as ilhas de Madagascar,

paradox

- I don´t need you! I can finally say that, I DON´T NEED YOU, MALCOLM! I FINALLY FOUND SOMEONE THAT UNDERSTANDS ME! SOMEONE THAT WANTS ME THE WAY I AM!! - Fine, Amanda. And what are you? - Damned if I know.

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Continue a aproveitar os nossos preços baixos!  Reply |Saldos Pixmania! to me show details 1:20 PM (12 minutes ago) Para garantir a recepção de todos os nossos emails, aconselhamos que adicione promopt@pixmania.org à sua agenda de endereços. Os preços mencionados incluem a eco-taxa e são dados a título indicativo. Estes preços podem ser modificados em qualquer momento. As ofertas apresentadas neste e-mail são válidas dentro do limite do stock existente. As fotografias não são contratuais. Se não deseja receber mais este tipo de e-mail da PIXmania.com, clique aqui. Para solicitar qualquer informação, pode contactar o nosso serviço de atendimento ao cliente por email Ganhe em todas as suas compras  

UMA PRO NELSON

Pinto sentou-se trêmulo na mesa do boteco. Apertava as mãos, olhando tenso para Gusmão, que apenas sorria. - Algo pra te contar. Coisa pesada. - Pode falar, meu querido. Em ti confio. - assegurou Gusmão - Meu irmão. Te faço sorrindo o que me pede chorando. - Tua mulher costura pra fora. - Filho da puta! - Gusmão espalmou a mesa, até o cozinheiro veio ver - Sabia, você sempre teve inveja minha com a Luci! - Te juro que é verdade. - Uma santa! Foi no Vaticano! Beijou até a mão do Papa! - Te trai! - Sento a mão na tua cara! - levantou-se, a palma branca flutuando ameaçadora em meio-voo - E bato de mão aberta, que é assim que se bate em puta! - Bate! Pode bater. Mas a Luci te trai! - Não! Derrubou a cadeira e saiu atordoado pela avenida. Pinto, desconsolado, enfiou a cabeça nas mãos. A DÚVIDA Irmãos de sangue, ficaram sem se falar por um mês. A semente, no entanto, estava plantada. Gusmão passou a implicar com qualquer gesto ou palavra de Luci que lhe parecesse estranho. De marido dedic

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- É o senhor quem fabrica este queijo? Pois te digo, é uma droga! É borrachudo, não tem gosto de nada, ou pior, um sabor industrializado... não sei como passou pela vigilância sanitária! Uma bela porcaria!! - Mas não é possível. Seguimos todos os padrões de qualidade! Tudo é acompanhado, da fermentação, pausterização... até imitamos as melhores marcas e passamos a usar uma folha de plástico pra dividir as fatias. - Folha?

a posse de Dilma

Ontem, uma mulher vítima de tortura durante a ditadura militar tomou posse como Presidenta do Brasil. Preferências políticas à parte, tal paradoxo salta aos olhos. Uma mulher que atuou na guerrilha armada, contra o regime de exceção que se instalou entre 1964 e 1985, tornou-se a maior autoridade política do País, 35 anos após o fim da ditadura. Diga-se de passagem, após sete anos do governo de um líder popular e carismático também perseguido e preso pela ditadura. Reitero que estes são fatos, e não reflexos de preferências minhas por este ou aquele partido. Vejo este simples fato como uma vitória da sociedade brasileira. Ele demonstra que as forças que geraram o regime de exceção, que estimularam a perseguição, a tortura, o exílio de desafetos políticos, enfim, que instauraram um clima de medo no País, foram derrotadas e/ou perderam força diante da necessidade de mudança. Em pouco mais de uma geração, foram derrotadas. Naturalmente, a questão não é tão simples. Muito brasileirament

git

Git assistia às maravilhas das profundezas marinhas em seu minisubmarino. Construído para suportar pressões subaquáticas fortíssimas, o engenho tornava possível observar como eram e viviam seres que, de outra forma, jamais seriam vistos por olhos humanos. Naquele lugar escuro e inóspito, viu peixes monstruosos, algas fosforescentes de várias cores e formas e espécies raras de moluscos. De repente, o rapaz empurrou uma alavanca e o submarino começou a emergir cada vez mais rápido. Instrumentos sofisticados controlavam a pressão interna a fim de que Git não sofresse problemas quando atingisse a superfície. E lá chegou, impulsionado por uma turbina, irrompendo no azul lindo do dia. O curioso é que a ascensão não havia terminado. A turbina era tão potente que fez com que o submarino se erguesse do mar e levitasse rumo aos céus. Aletas laterais brotaram do casco até se transformarem em asas, e detrás surgiu um leme. E assim o submarino metamorfoseou-se numa pequena nave a singrar pela