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Mostrando postagens de junho, 2020

1001 Filmes: de 139 a 143

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139) "A ceia dos acusados" ("The thin man", 1934) Comédia e filme "noir" são dois gêneros que normalmente não se misturam, com exceção do impagável "Cliente morto não paga" (mas esse é um pastiche). "A ceia dos acusados", porém, conseguiu produzir esse filho estranho, e foi tão bem-sucedido que rendeu cinco continuações. O "homem magro" do título original é um cientista que desaparece, e o detetive Nick Charles (William Powell) é contratado para encontrá-lo. Juntamente com sua esposa, Nora (Myrna Loy), Nick vive aventuras típicas das novelas de detetive dos anos 30 e 40: identidades trocadas, tipos durões e um longo elenco de suspeitos. Não à toa, pois o roteiro é adaptado de um livro de um dos papas do "noir", Dashiell Hammett. As piadas são boas e a química entre Powell e Loy é perfeita. O tom rápido e sarcástico torna o filme um bom exemplo das comédias "oddball" dos anos 30 - como "Irene

1001 Filmes: de 134 a 138

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134) "Lucía" (1968) Em 1968, dois filmes foram lançados em Cuba que se tornariam, com toda a justiça, clássicos da cinematografia latinoamericana. Um deles foi "Memórias do subdesenvolvimento", a amarga tragicomédia de Tomás Gutierréz Alea; o outro, "Lucía", épico de Humberto Solás. Os dois longas, cada um à sua maneira, representaram uma revisão da fase romântica da Revolução Cubana, de 1959, das aspirações e frustrações geradas pelo movimento guerrilheiro de Fidel Castro e Che Guevara. Dividido em três partes, o filme de Solás narra as histórias de três mulheres chamadas Lucía, cada uma pertencente a um período chave da história cubana (a Guerra de Independência, em 1895, as revoltas contra os ditadores populistas nos anos 30 e o período pós-Revolução, nos anos 60). Brilham, em cada um dos segmentos, as atrizes que protagonizam o papel-título: Raquel Revuelta, Eslinda Núñez e Adela Legrá. Cada uma vive uma história de amor fadada ao fra