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Mostrando postagens de julho, 2012

tolice

Tolice, o senhor pensar que quem canta é feliz. A triste verdade, meu senhor, é que só quem é triste canta, só quem tem seus demônios internos e terrenos para enfrentar, quem tem seus leões diários para vencer. A música, e sempre foi assim, mesmo que porventura alegre, tem sua gênese no sofrimento, criada que é para espantar os males, para ascender aos céus em forma de lamento e subterfúgio, para disfarçar nossas conquistas tão arduamente conquistadas, para distrair os deuses e dirimir sua inveja, para que não nos destruam nossos frágeis castelos.  Em meio a tantos e tão perigosos deuses, males e demônios, resta-nos a música, não como celebração, mas consolo.

crítica cinematográfica: "O Cavalo de Turim"

Crítica: " O Cavalo de Turim " Pangaré puxa carroça de velho no meio do vendaval. Do caralho. Obs: veja com legendas.

curtas-metragens

Maurício de Nassau era tão foda, mas tão foda, que um dia sobrevoou Recife sentado no lombo de um boi flamejante. Construiu sozinho a Avenida Caxangá com um braço amarrado nas costas (não, sério) e expulsou os marcianos na célebre Batalha dos Guararapes, há dois mil anos. Dizem que se aposentou da Companhia das Índias Ocidentais, aprendeu inglês e foi trabalhar em fitas de ação. Até mudou de nome para outro mais sonoro, vendável: Chuck Norris. * Resolvo estudar francês e o primeiro texto que pego ao acaso pra ler é um conto surrealista. C´est trop. Trop est le nom de ma vache invisible. * Too Big To Fail? Bull Shit. Nothing´s too big to fail. * Entrei no banheiro de deficientes, me lambuzei nas confortáveis instalações, o papel abundante, o sanitário sempre limpo. Ao sair, um cadeirante me olhou feio. Não tive dúvidas: comecei a mancar vigorosamente e passei por ele. Eu não podia lhe devolver os minutos que passou esperando inutilmente enquanto um cr