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Mostrando postagens de junho, 2015

vinho

Em seu aniversário de setenta anos, Alexandre Boaventura Polidoro convidou a família para jantar no restaurante mais caro de São Paulo. Veio muita gente. Após a lauta refeição, Polidoro pediu a palavra. Imediatamente, um dos garçons aproximou-se com uma garrafa de vinho, que o aniversariante tomou nas mãos. - Este vinho - disse - foi comprado pelo meu pai no dia em que nasci. É caríssimo, um bordeaux envelhecido. Durante todos estes longos anos, ele viveu o que vivi. Viu o Brasil de minha juventude. Um país de gente honesta e trabalhadora, de gente de bem, de família. Temente a Deus. Refinada, culta. Um país onde cada um sabia o seu lugar. Havia paz e ordem nas ruas, porque cada um sabia o seu lugar. Cada um conhecia sua tarefa e dela não reclamava. Não havia essa confusão de hoje, essa revolta. A pessoa podia ser pobre, mas era feliz. Quando o rapaz alcançava certa idade, ele se casava e constituía família. A esposa permanecia ao seu lado, para confortá-lo nos momentos d