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Mostrando postagens de janeiro, 2020

1001 Filmes: de 119 a 123

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119) "Blow-up - depois daquele beijo" ("Blow-up", 1966) Depois de despontar na cinematografia internacional com a genial "trilogia da incomunicabilidade", Michelangelo Antonioni foi levado pelo produtor Carlo Ponti a Londres. Tratava-se de um cenário bem diferente da romântica e decadente Itália da "dolce vita" que Antonioni havia filmado até então. Ambientado na "Swinging London" dos anos 60, "Blow-up" se assemelha a uma cápsula do tempo da contracultura, com discotecas, minissaias, carros velozes pela rua e a juventude dourada buscando sexo e agitos.  A introspecção do mestre italiano, de alguma forma, não combina com o cenário nem com seu protagonista, David Hemmingway, que interpreta um fotógrafo de moda mulherengo que se depara com a investigação de um crime. O contraponto de Hemmings é a maravilhosa Vanessa Redgrave, que rouba todas as cenas onde aparece. Antonioni traz uma reflexão interessante sobr

1001 filmes: de 114 a 118

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114) “Confiança” (“Trust”, 1990) Que fim levou Hal Hartley? Diretor queridinho dos anos 90, forte no cinema independente americano, Hartley fazia a alegria dos cinéfilos introvertidos que alugavam filmes em VHS para assistirem (sozinhos) comédias de baixo orçamento com personagens bizarros (fui um deles). Era um dos melhores desse filão. Depois se perdeu em filmes que parecia dirigir no piloto automático (“Beatrice e o  monstro”, de 2001, e “A garota de segunda-feira”, de 2005, são particularmente ruins), mas seus primeiros filmes eram pérolas. “Confiança” (1990), seu segundo título, é provavelmente o melhor deles. No mundo da classe média baixa de Nova York, Matthew (Martin Donovan, ator-fetiche de Hartley) é um jovem rebelde que tem uma relação complicada com o pai e vive carregando consigo uma granada como símbolo de seu inconformismo. Maria (Adrienne Shelly) é uma jovem que engravida do namorado e acaba expulsa de casa. Os dois desajustados começam um relacionamento