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Mostrando postagens de março, 2020

1001 Filmes: de 124 a 128

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124) “Crisântemos tardios” (“Zangiku monogatari”, 1939) Da tríade sagrada de diretores japoneses - Kurosawa, Ozu e Mizoguchi -, o último é o menos conhecido no Ocidente. Apesar disso, talvez seja o maior dos três. Kenji Mizoguchi (1898-1956) era uma espécie de Luchino Visconti nipônico, um esteta supremo, pouco afeito a experimentalismos narrativos como Kurosawa (que praticamente inaugurou a narrativa não-linear no cinema com “Rashomon”, em 1950), um contador de histórias à moda antiga. “Crisântemos tardios” é uma de suas primeiras obras-primas.  Composto de longas sequências sem cortes (apenas 142, número diminuto para suas 2h30 de duração), o filme narra a história de um ator de teatro sem talento que é bajulado apenas por ser protegido de um veterano dos palcos. Ao se envolver amorosamente com uma empregada, porém, o ator se desliga de sua família e vive desventuras que o fazem amadurecer sentimentalmente. Ao final, consegue sua redenção através do sacrifício de sua am