istambul

Ontem me lembrei de Istambul,
suas ruas fedendo a peixe e sonho.
Tanta gente andando pela Taksim,
o vazio preenchendo suas mesquitas.
Barcos à distância, olhares lânguidos,
Cheiro de comida, crianças jogando bola nas ladeiras.
Velhas curiosas espiando nas janelas.
Homens parrudos de bigode (Mehmets) jogando fardos em camionetas,
homens bons. Mulheres sinceras (Ayşas)
que riem com amigas, com e sem véu,
a religião é um estado de espírito para um dia sem chuva.

Antigos cemitérios de grama alta,
grandes turbas estrangeiras diante de igrejas.
Qual verdade procura o turista?
Quanto chão atravessa para sentir a mesma coisa!

Istambul, istambullu,
gosto de crepúsculo na boca,
gaivotas planam sobre os esquifes no cais
e a cidade maciça, turca, grega, bizantina,
nos observa do alto de sua antiguidade,
serena como uma velha pérola.

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