a origem


A mulher de Jó ainda tentou alertá-lo, mas era tarde. Os escravos do cruel feitor já o haviam tomado pelos pulsos e o arrastavam para o centro do terreiro, onde um negro mais forte os esperava com uma caixa gigantesca nas mãos, à qual os cativos chamavam “caxangá”. 

De nada adiantou Jó implorar por clemência. O negro, de nome Zé Pereira, ergueu a caxangá sobre a cabeça e a jogou sobre o crânio do feitor, despedaçando-o num único golpe. 

Vingados após tantas atrocidades, os negros entoaram numa única voz, seus rostos brilhando sob a chama tremulante dos archotes: “tira, bota, deixa o Zé Pereira jogar...” 

Não satisfeitos, os guerreiros trouxeram do galpão uma serra de cortar madeira e fatiaram o corpo do feitor. Foi um zigue-zigue-zá danado.

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