(.)


Escureceu agora.
Últimas luzes caem sobre o ônibus búlgaro, nem deveriam ter nascido.

E eu, tantas vezes mil,
tantas vezes ultrapassado pelos acontecimentos,
que, quando páram os carros no acostamento,
junto-me a eles, para fora da possibilidade da liberdade.

Deito-me e deixo-me crer mais uma vez que a mera reflexão sobre os elementos será capaz de me salvar,
que a simples apreciação do crepúsculo se faz suficiente para me redimir.

Prossigo, sem controle
Sem controle de nada.

Que venha o que me espera,
A máquina do que me espera,
Um descarrilamento? Que seja,
que sejam as paixões e as estrelas.

A frase termina no.
As multidões desobedecem.

As certezas se dissolvem na só.
A fúria veloz dos caminhos.

Pressinto: cavalgada,
despedem-se lábios afoitos nas estradas.

Lambem as carcaças dos pinheiros a noite fria,
Vibram. Vibro? Travessia!



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