soneto da selvageria

Por quereres que entendo desabridos,
fogo se fez; em alarido.
Com tantos instintos sem abrigo,
a faísca abriu o inferno dos sentidos.

Pululava carne! Divina danação
da qual o homem não tem memória,
quem lá esteve entrou para a história
como um fauno cruzando o Rubicão.

Os humores juntaram um oceano,
os gemidos compuseram sinfonia,
um grito rompeu o dia.

Despertou um vizinho coreano,
certo da paz matinal. Mas! Ei! Ouvia,
o vaivém não se interrompia!

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A educação pela pedra

. . .

o campeão