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Mostrando postagens de março, 2013

manifestações em Portugal

Estão marcadas para daqui a pouco, em Lisboa e dezenas de outras cidades, grandes manifestações contra a política de austeridade do governo português. Não vou. Fui a outra passeata convocada pelo mesmo grupo em novembro passado e não creio que esta será muito diferente. Ademais, sempre me sinto um peixe fora d´água nessas ocasiões, quando inevitavelmente me lembro de que este não é o meu país e esta não é a minha luta. Não sei se o governo - daqui ou do Brasil - teria a capacidade de adotar política distinta daquela praticada até agora, vide as circunstâncias difíceis que envolvem a recuperação econômica da Europa e o futuro de Portugal. Fico em casa, portanto, mas lerei com atenção os jornais de amanhã para saber como correu o protesto. Espero que não haja feridos, ao contrário do que tem ocorrido por aqui. Os ânimos estão exaltados. Minha memória subitamente evoca outras manifestações que presenciei no Brasil, Irã, França... cada uma delas, uma promessa de mudança que inv...

queda

Escorregou do janela do oitavo andar incerto da gravidade, pairou diante do parapeito por um instante, flutuou durante os primeiros metros mas logo a queda obteve a validação da realidade e a aceleração cumpriu a sua parte, deu uma pirueta e sumiu dos olhos desesperados que o contemplavam impotentes da janela, decretou seu voo e o corpinho rígido desabou no estacionamento do prédio, estava distante mas podia jurar ter ouvido o torso se partindo, os braços se quebrando, a cabeça se separando do pescoço e rolando para o lado, os guinchos infantis ecoando lá de cima enquanto a mãe o abraça apertado: - Que pena! Não tem problema, mamãe compra outro...