cinema


Foi num cinema. Eu assistia a uma fita de guerra - não lembro o nome, não importa - quando, no meio de uma cena, um homem se levantou da platéia e começou a gritar, temos que ajudá-los, temos que ajudá-los. Os outros espectadores vaiaram, mandaram que se sentasse, mas eu fiquei apreensivo, pensei que alguém estivesse passando mal, e ele continuava gritando, como vocês podem ficar aí parados? É desumano! Logo, porém, compreendi tudo. Ele se referia aos atores do filme, aos soldados que caíam mortos na batalha. Ele acreditava piamente que o que ocorria na tela estava acontecendo de verdade. Quando os seguranças finalmente chegaram e o imobilizaram, tive pena, pensei, a última coisa de que ele precisa é brutalidade. Podem chamar de loucura a enfermidade do homem, mas não. O nome daquilo é paixão. 



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