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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

1001 Filmes: de 178 a 191

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Há quem defenda que a arte não deve ter qualquer objetivo. Discordo. A expressão artística, independentemente do meio usado, tem como missão buscar o humano, seja para retratá-lo, confrontá-lo, celebrá-lo ou até negá-lo, mas sempre tendo como ponto de partida - e ponto de chegada - provocar a sensibilidade humana. Alguns filmes que tenho visto ultimamente triunfam nessa missão de fazer palpitar o coração e o cérebro. Cito, em especial, quatro deles: - “Um dia quente de verão” (1991), do taiwanês Edward Yang, poderia ser descrito como um “épico intimista”, por mais contraditória que pareça essa expressão. A sinopse quase ingênua (nos anos 60, um grupo de colegiais conhece o amor, a amizade e a violência em meio à turbulência política de Taiwan) simplifica o panorama complexo e riquíssimo que Yang constrói por meio de vinhetas com uma meia dúzia de protagonistas. Há tantos temas abordados nas 4 horas de duração - relação de pais e filhos, homenagens ao cinema, etc. - que o filme suscit