A educação pela pedra
"Castelo nos Pirineus", René Magritte Conheci o poema “A educação pela pedra” apenas muito depois de praticar minha própria educação pela pedra. Acho que o Recenseador também não o conhecia, e duvido que já tivesse lido alguma coisa de João Cabral de Melo Neto. Não importa. Ele aprendeu. Antônio Conselheiro dizia que o censo era um instrumento do Cão, assim como a República e o sistema de pesos e medidas. Conselheiro era um alucinado. Eu, não. Sou lúcido. Lucidíssimo. Convidei o rapaz para entrar e beber um café enquanto fazia suas perguntas. Não tenho problema com censos. Eles nunca chegam a nenhuma conclusão que valha a pena, mesmo. Levei-o até o barracão ao lado de casa. Creio que desconfiava de algo quando pedi que entrasse primeiro, mas não podia se recusar a entrar. Entrou. Estava escuro, mas ele conseguiu ver o poço cavado no meio do barracão pois deteve o passo pouco antes de cair. Pena que eu estava logo atrás dele, e lhe dei um safanão tão grande que
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