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Mostrando postagens de setembro, 2018

Desafio "1001 Filmes": 25 a 29

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25) "O mistério da torre" ("The lavender hill mob", 1951) Uma das comédias clássicas do estúdio inglês Ealing (já resenhei "As oito vítimas", 1949, leia AQUI ). Apesar de um pouco inferior a "As oito vítimas" e "Quinteto da morte" (1955), "O mistério da torre" ainda traz a marca registrada dos filmes da Ealing, como o roteiro inspirado e a atuação brilhante de Alec Guinness, chamado "o homem das mil faces" por seu talento em viver tipos diferentes, tal qual um Chico Anysio britânico. Aqui, Guinness é um pacato funcionário de banco que planeja um roubo milionário: furtar ouro e contrabandeá-lo na forma de réplicas da torre Eiffel. É incrível como, mais de 60 anos após o lançamento do filme, o humor ainda se sustente. Os personagens são credíveis, as situações são genuinamente cômicas, o pastelão funciona, etc. Destaque para a abertura do filme no Rio de Janeiro e a participação-relâmpago de uma jovem Audre

infância raiz

- Fabrício, é você?! Gente, esse aqui é meu sobrinho, Fabrício! - Oi, tio. - Faz tempo que não te vejo! Já te peguei no colo! Agora tá um rapazote bonito, olha só! Quer uma cervejinha? - Tio, tenho treze anos. - E daí? Na sua idade, eu já caía de porre! E na escola? Pegando muita mulher?! - Ainda não. - Rapaz, na sua idade eu já tinha embuchado uma menina. - Sério? E cadê seu filho? - Ah, larguei com a mãe, né... eu era muito jovem pra ser pai. Mas então, se você não bebe nem tá pegando mulher, quê que você faz?! - Tô escrevendo uma fanfic. - Fan... o quê? - É um conto baseado no universo de um filme ou de uma banda que a gente gosta. - Sei. - E ganhei o terceiro prêmio da olímpiada de robótica na minha escola. Meu grupo inventou um game educativo. - Bacana. Educação é importante. Mas então, Fabrício, você gosta de carro? - Não, tio. - Não gosta de bebida, mulher nem carro. - Gosto de ler. - Sei. Bacana. Ler é importante. - Vou indo, tio. - Tá certo, Fabrício. Manda um abraço pra sua

Desafio “1001 Filmes” - nos. 20 a 24

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20) “O boulevard do crime” (“Les enfants du paradis”, 1945) Poucas vezes um cinéfilo assiste um filme e se dá conta de que está diante de um clássico, daqueles que justificam os irmãos Lumière terem inventado aquela caixinha estranha. “2001, uma odisseia no espaço” é um clássico; “Ran” é um clássico; e “Les enfants du paradis”, indubitavelmente, é um clássico. Citado por dez entre dez críticos franceses como um dos melhores filmes já realizados, o filme traz uma daquelas histórias rocambolescas, que parecem contadas por Victor Hugo ou Alexandre Dumas. No século XX, porém, esse bardo recebe o nome de Jacques Prévert, não apenas um grande roteirista como também um dos maiores nomes da poesia francesa no século passado. Ambientado no mundo do teatro francês do início do século XIX, “O boulevard…” reconstitui durante três horas - que parecem voar, aliás, de tão fluido que é o filme -, os encontros e desencontros de três homens - o ator canastrão Frederick Le